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Dia Internacional da Mulher
Dia Internacional da Mulher

 

SAIBA PORQUÊ  EM 8 DE MARÇO É COMEMORADO O DIA INTERNACIONAL DA MULHER

O Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março, marca uma série de homenagens ao universo feminino. A data tem o objetivo de discutir o papel das mulheres na sociedade, enfocando questões como a valorização delas em muitos aspectos. Na maioria dos países, realizam-se conferências, debates e reuniões com esse intuito durante todo o mês de março.

 

A história da data se iniciou em 8 de março de 1857, quando operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade de Nova York (EUA), fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, tais como redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam até 16 horas), equiparação de salários com os homens (elas chegavam a receber um terço do salário de um homem para executar a mesma atividade) e tratamento digno no local do emprego.

 

A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da companhia, que foi incendiada. Quase 150 tecelãs morreram carbonizadas.

 

Rememorando esse fato, em 1910, no 2º Congresso Internacional de Mulheres Socialistas, em Copenhagen (Dinamarca), a deputada Clara Zetkin propôs a criação do Dia Internacional da Mulher sem definir datas. Assim, o primeiro Dia Internacional da Mulher foi celebrado em 1911, tendo como origem as manifestações de mulheres russas por melhores condições de vida na Rússia Czarista e contra a Primeira Guerra Mundial.

 

Durante as décadas de 1910 e 1920 a data foi comemorada, mas esmoreceu frente às crises e às guerras. Foi revitalizada pelo feminismo na década de 1960. Nos anos posteriores a 1970, esse dia passou a ser associado ao incêndio ocorrido em 1857. E, finalmente, em 1975, a ONU (Organização das Nações Unidas) começou a patrocinar o dia 8 de março como o Dia Internacional da Mulher.

 

“O 8 de março deve ser visto como momento de mobilização para a conquista de direitos e para discutir as discriminações e violências morais, físicas e sexuais ainda sofridas pelas mulheres, impedindo que retrocessos ameacem o que já foi alcançado em diversos países”, explica a especialista em Estudos Feministas Maria Célia Orlato Selem.

 

A influência do feminismo tem crescido na sociedade, apesar do fato de muitas pessoas carregarem mitos sobre esse movimento, tais como pensar que feminismo é o contrário de machismo ou que as mulheres feministas lutam contra os homens. Especialistas afirmam que a luta feminista é pela igualdade entre mulheres e homens na sociedade, é contra o machismo e o patriarcalismo, lutando pela liberdade individual. Tanto é que homens também podem atuar.

 

CONQUISTAS

Felizmente, ser mulher na atualidade é completamente diferente do que foi há décadas. Para o psicólogo e escritor Alexandre Bez, hoje em dia as mulheres desfrutam de uma posição muito mais privilegiada, pois conquistaram espaço importante na sociedade, ocupam cargos jamais imaginados e desempenham tarefas que eram consideradas somente masculinas. “O universo feminino mudou, e para melhor, assim como o que os homens pensam a respeito dessa condição. O momento é delas!”, afirma.

 

Com o passar do tempo e o avanço das tecnologias, a mulher tornou-se imperativa, agindo de forma absoluta em suas vontades, desejos e opiniões próprias. Dessa forma, a presença feminina deve estar consolidada todos os dias nos mais variados segmentos sociais, tanto nas relações como no trabalho. Atitudes de um passado inaceitável, como maus tratos e limitações profissionais, são inimagináveis nos dias de hoje.

 

MULHER MODERNA

No entanto, ser mulher implica em uma série de coisas que não podem ser abdicadas. A mulher atual e moderna sabe lidar com as diversas tarefas do dia a dia e, muitas vezes, não deixa de atuar como mãe, dona de casa e esposa, além de trabalhar ao mesmo tempo.

 

E a chave do segredo, para elas, é realizar tudo com muito equilíbrio, mantendo a individualidade. A luta é diária e todo dia é o “Dia da Mulher”.

Fonte: Jornal O Sul-Caderno Reportagem-08/03/2015