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Perversão moral: A crueldade de Lula
Perversão moral: A crueldade de Lula

 

PERVERSÃO MORAL: A CRUELDADE DE LULA

Presidente comparou o que acontece hoje em Gaza com o Holocausto

 

Há muitas formas de ser cruel. Algumas são explícitas, brutais, sanguinárias. Outras se disfarçam de discurso humanista, mas revelam sua verdadeira natureza quando ignoram, por conveniência ou convicção, parte essencial da realidade.

 

Nesta semana, em Moscou, o presidente Lula mais uma vez recorreu a um termo carregado de história — e dor — para descrever a guerra na Faixa de Gaza. Fez isso celebrando os 80 anos do fim da Segunda Guerra Mundial. Em solo russo. No país que venceu o nazismo ao lado das forças aliadas. No país que ajudou a libertar os campos de extermínio onde seis milhões de judeus foram assassinados em um genocídio real, planejado, industrial.

 

Comparar o que acontece hoje em Gaza com o Holocausto é mais que uma imprecisão semântica. É uma perversão moral. É apagar a História. É transformar vítimas em peças de retórica. É ignorar que a atual tragédia em Gaza começou com o massacre de 1.200 civis israelenses em 7 de outubro. É silenciar sobre os reféns ainda em poder do Hamas. É ignorar que o povo palestino é usado como escudo humano e massa de manobra por um grupo terrorista financiado pelo Irã — cujo interesse nunca foi criar um Estado Palestino, mas destruir o único país democrático da região — um modelo que gera ódio em ditadores, ainda mais nos fanáticos religiosos.

 

Sem jamais minimizar o sofrimento dos dois lados, basta olhar para os dados oficiais de demografia palestina: sua população quadruplicou de tamanho desde a refundação de Israel. Que genocídio é esse? Sofrimento, injustiça, dor? Sim. Genocídio é o que os nazistas fizeram não apenas com os judeus, mas, entre outros, com ciganos, LGBTQI+ e pessoas com deficiência.

 

Lula não surpreende. Nem ele e nem Janja, com seus devaneios bêbados de poder. Mas ainda choca. Porque não se trata de empatia — trata-se de alinhamento. Ele critica Israel com mais veemência do que defende os palestinos. Não busca a paz, busca o espaço estreito de palco que sobrou. E, nele, o presidente, que tanto se diz democrata, é seletivo até mesmo na hora de reconhecer o sofrimento humano.

 

Quando um líder escolhe enxergar o mundo com um olho só, o que ele oferece não é justiça — é cegueira deliberada.

 

Fonte:  Zero Hora/Tulio Milman em 14/05/2025